Ouvindo a voz discrepante que toma meu rumo e caminha por pontes sensíveis, tão frágeis em sua contrariedade, decido-me por propagar minha insatisfação contra toda a rigidez de uma declaração tão inóspita quanto inverossímil, a mais alta sinfonia enlatada celebrada em dissonância e falta de razão.
Nada de desculpas milimetricamente planejadas para a preservação de um chamado bom senso. Quem declina de sua severidade naturalmente articulada compadece de sentimentos torpes, vis em sua essência e desdobrando-se em funestos rancores postos em alvos desequilibrados numa fútil contemplação de favores e quereres. Entre ósculos deflagrados em pílulas terrenas, espalhando pelas ruas sua sofreguidão desnecessária.
Minto.
Não há uma afeição laboriosa por tantas investidas em tormentas e tempestades, tudo o que resta continuará em seu passo, discutindo se entre esses meio termos oculta-se um quê de fatalidade exarcebada ou se tudo o que defenestra sua ambiguidade resultará em sentidos inconsistentes ou mesmo inexistentes. Veste uma nova divisória quântica com assaltos deleites de viscoso cheiro e fétido sabor.
Adrian Monteiro
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